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Boto-de-Lahille é destaque no novo Passaporte Brasileiro

Novo documento destaca a biodiversidade brasileira com a inclusão do boto-de-Lahille, reforçando a importância da preservação ambiental

09/10/2024 - 10:37 | 15/01/2025 - 17:20
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O boto-de-Lahille, uma espécie emblemática da costa brasileira, agora figura entre as imagens escolhidas para compor o novo passaporte brasileiro, lançado ao final de 2022 pelo Governo Federal. A inclusão desse cetáceo, que já é um símbolo de conservação marinha no país, reflete um movimento crescente de valorização da biodiversidade nacional e da conscientização sobre a importância de proteger a fauna nativa.

Conhecido cientificamente como Tursiops truncatus gephyreus, o boto-de-Lahille habita as águas do sul do Brasil, especialmente as regiões costeiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A espécie é considerada ameaçada de extinção pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), principalmente devido à captura acidental em redes de pesca, à degradação de seu habitat e à poluição.

A escolha de colocar o boto-de-Lahille no passaporte carrega um forte simbolismo, ressaltando o compromisso do Brasil com a preservação de sua biodiversidade, além de ser uma forma de chamar a atenção para as ameaças que essa e outras espécies enfrentam. O passaporte, que é um documento de identificação internacional, ganha um novo significado ao trazer elementos da fauna e flora brasileiras, conectando os cidadãos às riquezas naturais do país.

Um símbolo de luta pela conservação

O boto-de-Lahille é alvo de iniciativas de conservação há anos, sendo o foco de vários projetos científicos e governamentais que visam garantir sua sobrevivência. Uma das mais importantes iniciativas é o Plano de Ação Nacional para Conservação de Cetáceos Marinhos ameaçados de extinção (PAN Cetáceos Marinhos), que inclui estratégias para aumentar o conhecimento e mitigar ameaças à espécie, como a poluição e interação com atividades pesqueiras.

A presença do boto no novo passaporte brasileiro também celebra os esforços de conservação feitos por organizações não governamentais e de pesquisa, como a ONG Kaosa e o Laboratório de Mamíferos Marinhos do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), que têm trabalhado incansavelmente para proteger esses animais. Recentemente, o trabalho com o boto-de-Lahille foi reconhecido internacionalmente com o Whitley Award de 2021, concedido à cientista brasileiro que lidera essas iniciativas de conservação.

Conectando o cidadão à biodiversidade

O novo passaporte brasileiro não apenas moderniza o design e a segurança do documento, mas também traz uma mensagem poderosa sobre a importância de valorizar e proteger os recursos naturais do Brasil. Além do boto-de-Lahille, outras espécies e paisagens brasileiras estão presentes nas novas páginas do passaporte, reforçando a conexão dos brasileiros com seu território e sua responsabilidade ambiental.

Com essa inclusão, o boto-de-Lahille não só se torna um embaixador da fauna marinha brasileira, mas também um lembrete constante da necessidade de mantermos os esforços de preservação da biodiversidade, especialmente frente aos desafios das mudanças climáticas e da degradação ambiental.

Essa iniciativa reflete um compromisso institucional crescente com o meio ambiente e um passo importante para que a conscientização sobre a proteção de espécies ameaçadas chegue a todos os brasileiros que levarem seu passaporte pelo mundo.

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